Introdução
O
motor de combustão interna é o coração do automóvel, local de onde parte a
força e o movimento que produzem o deslocamento do veiculo. É constituído de
cilindros, onde ocorre a queima de uma mistura de ar e combustível.
O
funcionamento do motor só é possível pela sincronização dos movimentos de seus
êmbolos e válvulas colocadas nos cilindros, que controlam a entrada da mistura
e a saída dos gases para o escapamento.
Nos
veículos terrestres, a gasolina ou a álcool, predomina o motor de quatro tempos
que obedece ao ciclo de Otto. Nesse motor, cada cilindro executa quatro
movimentos, um em cada tempo, a cada ciclo, na seguinte ordem:
1. Admissão:
a mistura ar/combustível entra no cilindro;
2. Compressão:
essa mistura é comprimida pelo êmbolo:
3. Combustão:
a mistura se inflama, quando salta uma centelha entre os eletrodos da vela de
ignição;
4. Escapamento:
quando ocorre a saída dos gases produzidos na combustão da mistura.
Esse
ciclo se repete mais de 1000 vezes por minuto quando um automóvel comum
desenvolve a velocidade de 80 Km/h.
Nesta
unidade você estudará o funcionamento de motores de quatro tempos – ciclo Otto
e ciclo diesel – e de dois tempos.
Motor de combustão interna
A combustão, ou
queima, é um processo químico que exige três componentes que se combinam:
1.
Calor
2.
Oxigênio
3.
Combustível
Na locomotiva a
vapor, o combustível é o carvão ou a lenha. O calor produzido é utilizado para
aquecer a água em uma caldeira, transformando-a em vapor.
O vapor se expande
e, com sua pressão, vai movimentar os êmbolos acionam as rodas motrizes da
locomotiva.
A locomotiva a vapor é movida por um motor de
combustão externa, pois a queima do combustível ocorre fora dos compartimentos
que produzem o movimento (cilindro).
Seguindo o principio
de funcionamento da locomotiva a vapor, foram desenvolvidos os primeiros
triciclos a vapor, como o do Frances Cugnot.
O motor a combustão
interna é um conjunto de peças mecânicas e elétricas, cuja finalidade é
produzir trabalho pela força de expansão resultante da queima da mistura de ar
com combustível, no interior de cilindros fechados.
Por esse processo, o
motor de combustão interna tem um rendimento térmico maior que o possibilitado
pela combustão externa. É que o combustível é queimado em quantidades
controladas, resultando um melhor aproveitamento da energia produzida na
queima.
Para atender às mais
variadas necessidades do atual estado de desenvolvimento tecnológico, os
fabricantes constroem motores de todos os tipos. Assim, encontram-se motores a
gás, à gasolina, a óleo diesel, a querosene, a álcool e movidos com outras
misturas dos vários combustíveis existentes.
Normalmente os
motores podem ser construídos com um ou com vários cilindros. Motores
monocilíndricos são empregados em implementos agrícolas, motonetas e pequenas
lanchas. Os policilíndricos, com 4, 6, 8, 12 ou mais cilindros, destinam-se a
automóveis, locomotivas, navios, aviões.
Os cilindros poder
ser agrupados de varias formas, dando origem a:
·
MOTOR EM LINHA: quando os cilindros estão em uma
mesma linha;
·
MOTOR EM V: cujos cilindros são colocados lado a
lado, formando ângulo;
·
MOTOR COM CILINDROS OPOSTOS: formado por 2
cilindros, um diante do outro.
Motor em Linha
Motor em V
Motor de Cilindros Horizontais Opostos (Boxer)